sábado, 27 de novembro de 2010

O Massacre Da Serra Elétrica & GCVFC

Os novatos não sabem. Os novatos nem imaginam. Mas o Grande Certame Veredas remete a muito mais que uma simples pelada de sábado.
Quando os craques das pernas de pau entram em quadra levam consigo um legado de quase três anos de caneladas, furadas, gols feitos desperdiçados, e explosões iracundas pelas razões mais banais que se possa imaginar.
Ali a ignorância, a incompetência esportiva, descontrole emocional, imperam em absoluto e com soberania.
Muitas mães, esposas, e namoradas, verteram um Rio do Carmo de lágrimas ao verem seus valorosos homens se encaminharem para mais uma sessão de futebol ruim e barbáries inimagináveis às mentes sãs.
E sob o forte calor de uma tarde de novembro, eis que os Certamesenses mais uma vez mal trataram a bola em meio a choro e ranger de dentes. Algo comparável, em termos de horror, ao clássico “O Massacre Da Serra Elétrica”
*
Abraço do colunista oficial da Gazeta Sete Trombetas: Jefhcardoso

sábado, 2 de outubro de 2010

La Chronique Du Scène

O meu time hoje esteve imbatível. Eu queria um termo francês para definir nossa atuação, queria a devida pompa. Eu tentei, se algum fresco manjar mais francês do que eu consegui manjar me valendo da net, mande aí que eu corrijo, mas foi isso: A Crônica Do Espetáculo.
Hoje apareceu gente que há muito não aparecia no rachão. Foi embora. Tinha gente demais. Jogamos com três times, contudo apenas um time dominou a cena. Não trarei à luz os nomes dos responsáveis pelo show, mas eu estive entre eles.
Tocávamos a bola como anjos, ou como demônios, quem sabe? Sempre aparecia um pé decidido para o arremate. Mãos de Estopa, pobre coitado!, comeu grama de plástico. Perdemos alguma peleja, é verdade, mesmo assim nosso destaque fora imposto com mão forte aos adversários atônitos.
Enquanto isso, na sala de justiça: O Palmeiras vai vencendo o Santos por 1x0 na Vila...

domingo, 2 de maio de 2010

Capitães da Areia X Os Excelentes Operários


Jorge Amado se fosse vivo e paulista chamaria este time do Santos de “Capitães da Areia”; e Neymar de líder do bando que aterrorizou a elite dos grandes clubes de futebol da capital este ano.

Eis que o nosso charmoso Campeonato Paulista de 2010 chega a sua surpreendente final. E não surpreendeu pelos 5 gols, pelos golaços do brilhante ataque santista, ou pelas 4 expulsões. E não surpreendeu apenas na final. Surpreendeu muito mais.
Surpreendeu o Santos ao apresentar um padrão de futebol acima da média em um estado que possui simplesmente Palmeiras, São Paulo e Corinthians. Surpreendeu o Santo André ao posicionar-se na vaga que ninguém diria no início da competição ser de outro time senão dos grandes.

Venceu o futebol. Venceu o apreciador do grande espetáculo. Venceram os torcedores desprovidos da mesquinhez que lhes tamparia os olhos para o grande acontecimento da bola.
Durante a partida o que se viu foi uma disputa entre iguais. Ao medirem forças nem Os Capitão da Areia, nem os Excelentes Operários do ABC se inibiram na busca de seus objetivos. Quem esperava um Santos a dar show, viu algumas cenas de grande brilho e na maior parte do tempo os meninos da vila comerem o pão que o coisa ruim sovou. Quem esperava um modesto Santo André ir para entregar a faixa ao grande campeão, acabou vendo um grupo coeso de atletas valorosos e destemidos.

Que sejam valorizados os jovens atletas do Santos; que provaram serem portadores de um potencial de possibilidades imprevisíveis dentro do futebol mundial. E que sejam valorizados os valorosos atletas do ABC, que poderiam estar agora comemorando o título se não fosse uma infelicidade do trio de arbitragem ao anular um gol legítimo, ou o chute do Rodriguinho caprichosamente encontrar a trave aos praticamente 45 do segundo tempo.

Parabéns ao futebol, ao apreciador de futebol, aos santistas pelo título, e aos santo andreenses pelo magnífico feito.

E Neymar e Ganso são seleção; ou não?
*
Nota: Meus amigos Angelão e Juvenal Boca do Inferno devem neste momento estar caídos e abraçados pelas ruas de Ituverava.
Foto do globoesporte.com

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Meu Primeiro Clássico De Alve e Negro



Prefiro o http://jefhcardoso.blogspot.com/, mas se quer ler sobre futebol...
Nada de extraordinário. O futebol é antes de tudo circunstancial. Segundo os comentaristas e narradores esportivos, fazia 10 anos que o Pacaembu não sediava um Palmeiras e Corinthians – o pessoal da imprensa esportiva adora números – o jogo foi pela quinta rodada deste Campeonato Paulista. Se fosse por uma Libertadores o jogo teria outro clima, se fosse por um Brasileirão também e se fosse até pela Copa do Brasil a atmosfera seria bem outra, mas pelo Paulista – este que já foi glamoroso, que já sustentou time de massa como única conquista daquele, que já foi motivo das mais encarniçadas contendas campais, hoje, se bobear, não salva nem o semestre do clube que o conquista. Uma formula esquisita, disforme, em turno único – como se isso fosse possível - serve muito mais como pré-temporada, principalmente em suas primeiras rodadas, antes de Copa do Brasil e Libertadores, do que como competição.
E foi assim, nestas circunstâncias, que vi pela primeira vez um Palmeiras e Corinthians através de meus olhos recém convertidos ao corintianismo global.

Logo de cara um homem que se assemelhava, em muito, a uma tartaruga ninja fez um gol de cabeça, e outro homem, que não pude ver quem era devido à máscara que usava, foi expulso e pronto. Daí por diante tudo foi conseqüência deste pífio início; um Corinthians com 10 na defesa e um Palmeiras com 11 incompetentes lançando bolas ao acaso na área.
Corinthians 1X0 Palmeiras.
Oba.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Meu Primeiro Jogo Como Corintiano



Meu Primeiro Jogo Como Corintiano

Enquanto eu faço poemas no
http://jefhcardoso.blogspot.com o barquinho corintiano vai navegando no ano do centenário.
Desde que comecei a torcer pelo Corinthians tenho jogo para assistir quase todo domingo e quarta. Até jogo amistoso já passaram numa quarta-feira à tarde; sonho de todo torcedor de futebol.
No entanto, o mais incrível é que ainda não pude assistir a nenhuma partida do novo time do meu coração.
Ontem estava tudo planejado. Aguardei ansioso pela hora da minha estréia. O jogo seria no Pacaembu, contra o Mirassol e com transmissão pela Globo, é claro.
Ocorreu que na hora exata da partida pós-novela (esse deveria ser o nome das partidas de quarta-feira: partida pós-novela), minha televisão resolveu dar piripaque e sair do ar. Fui até ela, mexi na fita da antena (já que não tenho uma antena), dei socos no topo da caixa da televisão, pendurei umas três esponjas de aço na extremidade da fita, mas nada de pegar a Globo.
Foi então que passei para a Bandeirantes; ali estavam transmitindo Palmeiras x Monte Azul. Então pensei: vou secar o Palmeiras, é claro.
Não adiantou nada. O Palmeiras acabou vencendo por 1x0; mas do Pacaembu veio a imagem do belo gol do Ronaldão, o cara pegou a bola e com outra bola debaixo da camisa, sobre o abdome, fintou os marcadores, o goleiro e chutou para o gol vazio. Foi um golaço. Logo depois os caras empataram, o Ronaldão se machucou novamente, e o Corinthians ficou no 1x1, enquanto o Palmeiras acabou terminando a noite líder do campeonato. Uma lástima!
Mas valeu. O Ronaldão quer e merece ir machucar-se na seleção, digo, jogar na seleção.


Instabilidade Padrão


A pressão é forte; já o presidente interino... não sei não... Não sei se resistirá até o pleito.
Há indícios de insatisfação, ameaças de tomada do poder, acusação de falta de pulso e omissão de responsabilidades, candidato a Judas surgindo.
É tenso o clima nos bastidores das eleições presidenciáveis para o Grande Certame Veredas Futebol Clube.

Na última semana até o tiozinho que cuida da quadra jogou. Dizem, dizem né, que até a sogra de um dos atletas chegou a entrar em quadra em meio ao tumulto.

O candidato da oposição, aquele que forjou sua renúncia para poder concorrer neste pleito, é este mesmo, o Dr. Juvenal Boca do Inferno, saiu do armário e se faz de morto para abusar do vigário. Fingindo se compadecer do interino ateia mais lenha a fogueira sugerindo que somente ele possui qualidades para colocar o clube nos trilhos.

Essa eleição promete, meus caros!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Minha Vida De Corintiano



Não fico à vontade para tratar deste tema. Tenho protelado ao máximo para atualizar este blog. Fico bem mais tranqüilo no http://jefhcardoso.blogspot.com onde não falo de futebol, mas de contos, poemas, crônicas...

Vivo atualmente uma situação difícil e contraditória. Até o ano passado eu era palmeirense convicto, mas comecei a perceber que os dirigentes consideram os torcedores “pessoas de fora” do clube, uma gente que os vê passar e os acompanha de alegre.

Andei notando que os jogadores a cada temporada beijam um novo distintivo e que juram ter alguma torcida ou simpatia prévia pelo time ex-adversário e agora time do ganha-pão, digo, coração.

Estão errados os jogadores?

De maneira alguma.

Mas o fato é que de tanto torcer e ver que não havia uma consideração palpável por meu precioso tempo gasto em acompanhar a caminhada de um clube; decidi passar fora com esta história de “lealdade eterna ao time”.

O brasileiro se orgulha em dizer que muda de trabalho, muda de religião, muda de mulher, mas só não muda o time do coração. Pois bem, mudei apenas o item dito imutável. Que mal há?

Decidi sim, mesmo sabendo de toda reprova que me sobreviria (a qual já sinto na pele), torcer pelo maior adversário.

Torcerei pelo time da multidão, para o time que passa todos os dias na televisão, o time que mais é comentado nos noticiários esportivos, nos jornais. Você leitor, torcedor de outro time, deveria fazer o mesmo.

Veja meu exemplo de coragem: Torcerei pelo time que, coincidentemente, é o mais favorecido pelos árbitros, depois do São Paulo (fato ocorrido por mera coincidência também, é claro), mesmo depois de uma vida inteira torcendo pelo Palestra.

Ainda não tive oportunidade de assistir a um jogo do Corinthians como torcedor; tenho tido muito trabalho, compromissos, mas tenho certeza de que quando essa hora chegar não serei menos emotivo que fui nas inúmeras campanhas do Palestra que acompanhei ao longo de meus 35 anos como palmeirense.

Por enquanto deixo um forte abraço a todos e saudações corintianas!

Obs. Foto do globoesporte.com (última defesa do escorpião Higuita)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Lágrimas de Alivio.



Se você fosse ao http://jefhcardoso.blogspot.com iria ler sobre contos, poesias, crônicas, veria belas fotos, mas como veio aqui vai ler sobre futebol.

Toma!

O cara da foto não chorou por que chegou ao clube do coração. Não...

Chorou por que saiu do cativeiro alviverde, do chiqueiro infernal.

Só não vê quem não quer.

Ele é um cara humilde, um jogador modesto que, sabe-se lá por que, ganhou status de estrela durante o período que nunca o repatriavam.

Foi campeão na campanha do título que o Palestra, time para o qual já fui torcedor, custo acreditar, venceu a competição que ninguém quer que seu time dispute (É preferível um longo torneio em uma nação em guerra do que essa competição).

Foi para seleção por diversas vezes, teve mais chances que muitos e jogou mal como poucos.

E foi jogar na Europa, é verdade. Lá na casa do chapéu russo.

Se isso é currículo de estrela, o que dizer dos jogadores modestos?

Presente para a torcida! Vão ficar cultos. Descobrirão tudo sobre presente de grego; irão sentir na pele o coice do cavalo de Tróia.

Mas agora que sou corintiano queria mesmo é que o cara continuasse no Palmeiras para afundar de vez aquele barco que ele arrebentou no ano passado.

Abraço: Jefhcardoso Brasileiro Corintiano.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

No ano do centenário abandonei o Palmeiras para me tornar CORINTIANO.


*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*


Não farei segredo que o http://jefhcardoso.blogspot.com é na verdade meu filho mais querido (e isso se aplica apenas aos blogs, que fique claro, esclarecido).
Mas hoje venho para atualizar essa casa a qual tenho muito carinho e que sempre anda meio atrasada. Também, pudera; com meu tornozelo machucado não jogo bola para contar das minhas façanhas e proezas; e com os profissionais de férias resta somente um ou outro lunático a acompanhar Copa da África, Copinha e amistoso do Corinthians às 16hs na Globo, ao vivo, contra o glorioso Huracám-ARG, que não me recordo dos feitos.
Como é que é? O que foi que eu disse?
Isso é demais! Extrapolaram todos os limites da razão.

Não é de hoje que a Globo vem moldando a torcida de futebol brasileira para concentrar tudo no Corinthians aqui no estado de São Paulo transmitindo jogos do Corinthians sistematicamente.
Quando o Palmeiras disputou a segunda divisão em 2003, assisti a todos os jogos pela Record, e a globo não transmitiu nenhum jogo do meu Palestra. Era como se o Alviverde de Parque Antártica tivesse contraído uma terrível doença "visuocontagiosa" e tivesse que vagar em um vale isolado com os que sofriam com problema semelhante. O que vemos hoje é que não importa que outro time esteja disputando um título continental é o Corinthians fazendo um jogo apenas para cumprir tabela que é transmitido ao vivo. Com isso, essa emissora que tanto adoro, desconsidera que angariar a antipatia dos torcedores de todos os outros clubes que existem - sim, existem outros clubes no país - não é a melhor estratégia para alguém que vê dia a dia seus índices de audiência cair para os concorrentes que noutra feita eram nanicos e inofensivos.

Porém, estou nessa com a Globo.
Sempre fui palmeirense. Chorei em 1989 quando o Palestra foi o primeiro time da capital a entregar a rapadura para um modesto caipira (Internacional de Limeira), sofri por anos com as humilhantes derrotas para times medíocres como o Asa de Arapiraca, São Paulo e outros. Em 1999 delirei de alegria com a conquista de nossa honrada Libertadores e franguei junto com o Marcão na final do mundial interclubes contra o Manchester (Palmeiras 0X1Manchester). Meus amigos, sofri nessa vida coisas que só quem é palmeirense pode ter oportunidade de sofrer. O fato mais recente que amargamos neste calvário, que certamente é penitente e nos levará ao céu, foi o Brasileirão do é campeão!!! na Vila Belmiro ainda faltando doze rodadas para o fim da competição. Que humilhação! Não tivemos nem o direito de ser arrogantes sem ser depois espezinhados.

Mas agora isso tudo faz parte de um passado onde chafurdei no paraíso, pois ser palmeirense é isso. Agora estou com a Globo. Quando conheci o Corinthians ele era apenas um time modesto com uma imensa torcida de maloqueiros. Ele nunca havia vencido nada além de campeonatos regionais. O tempo passou e junto com os maloqueiros antigos vieram os maloqueiros fashion, os da elite que assistem aos jogos de suas confortáveis salas, calçando pantufas de pelúcia e envoltos em seus roupões de seda da malásia, pela Globo.

Este ano, após 35 anos de matrimônio com o Palmeiras, eu romperei.
Chame-me do que quiser. Chame-me infiel, vira casaca, vira folha... de meu coração sei eu. Decidi e não voltarei atrás, com o Palestra não fico mais! No ano do centenário largo o Palmeiras para me tornar corintiano. A sedução da Globo foi mais forte que eu.
Desculpem, antigos amigos.
(Foto do globoesporte.com; não é uma simpatia esse Marcelinho?)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Feliz 2010, certamesenses!


É rapaziada...a vida não está fácil não, mas deixa que eu seguro essa bronca! Se liga: O meu tornozelo...ah, o meu tornozelo, – pobre tornozelo! – ainda não sarou. Fiz uma ressonância e aguardo o resultado. Ao que tudo indica será necessária uma intervenção não conservadora, e isso é algo que me entristece.

Quanto à nova gestão, essa que se inicia sobre o firme punho de Uly Nabuco, começou como todo começo de gestão: O mandatário da pinta de superar a grandes passos o seu antecessor; vai organizando o que já estava organizado, muda um pouco o Layout da coisa para ir colocando os pés na mesa de mandatário e acendendo o charuto cubano, ouve o tilintar das pedrinhas que irá banhar com um bom envelhecido, e comunica com a energia dos comandantes e silencia com refinada malicia meticulosa. Ou seja, tudo que o homem que ocupa o mais alto posto do GCVFC disser, a partir de agora, poderá e será usado em favor ou contra o mesmo.

O que o coração certamesense anseia neste novo ano, nesta nova era do clube, é, na verdade, que os projetos que a gestão anterior não conseguiu concluir sejam concluídos antes que as chamas da vaidade e as cinzas do comodismo lhe dominem as ações.

Fomos guiados feito o povo que seguiu por quarenta anos a fio o Moisés de cajado em punho.
Sobre o comando de Juvenal Boca do Inferno conhecemos o significado das palavras: não dará certo, não vai virar nada, cadê minha camisa, tenho fome de churrasco, a bola está uma...o Jefh é isso, o Jefh é aquilo, paguem o tributo, calem a boca, vão se f...

O que acaba por ser um bom começo para a nova administração, afinal, pior não pode ser.

Amigos, He ho, lets go e Feliz 2010!