domingo, 29 de novembro de 2009

O Inesperado Sempre Acontece




A pessoa a quem atribuem a frase que intitula esta postagem, não conheceu o desenrolar do atual complicado campeonato nacional de futebol (Brasileirão 2009).
O pensador/escritor e político britânico/primeiro ministro, Benjamin Disraeli ( 1804 – 1886 ), fez esta citação com grande autoridade, porém, certamente, não pensasse em futebol naquela feita.
Mas vejo em suas palavras o complemento ideal para pergunta que fiz, em recente postagem aqui mesmo, "torcer sempre, é insensatez?".
Hoje é domingo, eu como bom torcedor comum, distante dos estádios, sem televisão por assinatura, sem disposição para abandonar meu lar e ir a um dos inúmeros botecos que exibem jogos específicos, de acordo com o credo do dono do estabelecimento, ficarei acompanhando o jogo via rádio. Certo que será extremamente emocionante; uma vez que os habilidosos locutores conferem ares de perigo eminente de gol até mesmo nas cobranças de tiro de meta.

Um imenso numero de torcedores, algo jamais visto desde a criação deste certame, acompanhará a rodada de logo mais. Inconscientemente, dando sentido a frase de Disraeli. Fazendo assim da esperança no imponderável, a tábua de salvação de seu time do coração.

O Cruzeiro precisa vencer suas duas últimas partidas, além de torcer para que todos concorrentes ao título percam hoje, e no próximo domingo, com exceção de Palmeiras X Atlético MG, que precisariam empatar; assim sendo, o Cruzeiro poderia sagrar-se campeão nos critérios de desempate, uma vez que somaria 18 vitórias contra 17 do São Paulo.
Situação parecida vive o Atlético MG, porém tem um jogo em que depende de si para eliminar um concorrente, que é o de logo mais contra o Palmeiras.
Já o Palmeiras precisa vencer e secar três.
O Inter tem que vencer e secar dois.
O Flamengo depende de seu sucesso e do fracasso do São Paulo.
E apenas o São Paulo depende de si para sagrar-se campeão brasileiro de 2009.

É assim que chegaremos a penúltima rodada dessa corrida maluca; nem mencionei a Libertadores. Ela será na verdade um prêmio de consolação, um grande prêmio, diga-se; mas com tantos times tendo chance ainda que mínima de ganhar o título, para quê economizar na torcida insana? O que escreverei após essa rodada? Criptonita é prejudicial a saúde? O inesperado não é algo que sempre acontece?

Intervalo da rodada – eis me aqui: O São Paulo vai perdendo por 2x1 para o Goiás no Serra Dourada; o Flamengo vai vencendo o Corinthians por 1x0 em Campinas; o Internacional vai sendo derrotado em Recife pelo combalido Sport; o Palmeiras vai vencendo o Atlético MG por 3x1, com o gol mais incrível do campeonato marcado por Diego Souza; e o Cruzeiro vai vencendo o Coritiba no Mineirão.

Está tudo virado. Resta saber se continuará, se continuar teremos Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Internacional; nesta ordem de classificação.
.
Ufa, que terminou! É o final da rodada; e o São Paulo foi derrotado por 4x2 pelo Goiás; o Flamengo venceu o fraco Corinthians do Ronaldo Machucado; o Internacional virou contra o Leão Morto na Ilha do Retiro; e mio Palestra ressuscitou e venceu o Galo Mineiro por 3x1. Ficamos assim: Flamengo (64), Internacional, Palmeiras e São Paulo (62).
E fim de papo, pois o titulo do post deu a tônica do espetáculo. Até a próxima e última rodada!

(na foto, Benjamim Disraeli, colada da Wikipédia)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O ser humano não é humano?

A crueldade humana não vê limites para suas ações. Meus amigos, colegas de trabalho, familiares e todos que se relacionam comigo no dia a dia, sabem que sou um palmeirense suscetível aos altos e baixos daquela agremiação.
Conheço e respeito torcedores de vários clubes; pessoas apaixonadas por futebol assim como eu, mas existe um tipo de torcedor que eu abomino; que é o Juninho são-paulino. O sujeito não perde oportunidade para tornar as coisas ainda mais difíceis em uma má fase que o Palmeiras atravesse; se você está à beira de um fosso o cara lhe empurra para que caia definitivamente.
Como se não bastasse os fracassos consecutivos do alviverde, ainda me vêm as chacotas prontas para tornar ainda maior o meu sofrer.
Este ano tem acontecido tudo de absurdo, imponderável, ridículo com o Palestra de mio “cuore” (coração em italiano para os que não sabem). Além de cair vertiginosamente de produção nas últimas rodadas e ver o título praticamente ganho esvair-se, ainda temos que conviver com situações hilárias onde um octogenário promete surrar um senhor de ótima condição física, de pouco mais de quarenta anos, caso o encontre na rua. “Imaginem o Beluzo a dar bengaladas no Simom”.
Pior; o homem idoso fora destituído temporariamente de seu posto como punição por suas bravatas a imprensa; cumulo do ridículo! Como se algo que ele dissesse fosse passível de ser levado a termo.
Como se fosse pouco as conseqüências do episódio da mão grande tricolor no Maraca, veio o rebaixado esporte meter dois em dezesseis minutos, dentro do Palestra, e só não saiu com a vitoria devido ao apito “Ã?” do seu juiz.
E por fim a fatídica noite no Olímpico, onde os “amigos” Obina e Maurício tentaram se arrebentar na pancada.
Tudo isso pareceu pouco ao Juninho São Paulino, que não explica o motivo pelo qual Hugo e André Dias, protagonistas de uma briga entre companheiros de equipe na semana anterior ao episódio palmeirense, não serem punidos conforme o rigor com que puniram os palestrinos.
Segundo o Magrão: teria sido devido à delicadeza natural do embate tricolor em comparação a truculência palestrina.

Ao chegar humildemente em meu trabalho, combalido pelo trágico destino de meu time, me deparei com a foto que agora faço saber:























Você, leitor amigo, que ja me rendeu mais de 3 mil visualizações, pense: como teria reagido o Obina em meu lugar?

O ser humano não é humano? Perdemos o direito de errar? Onde está a solidariedade? Que fim levou o Robin? Quem será o campeão dessa corrida maluca? O Juninho é meu amigo?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

TORCER SEMPRE, É INSENSATEZ?




Vamos aos fatos, porém sem delongas. É internet; o tempo de todos é escasso e é a nova falta de educação vigente: “tomar tempo alheio com textos longos”.

O início: Toda esperança palmeirense no clássico, ao Grêmio restara pardas pretensões (Copa Sul Americana). O jogo é equilibrado. O GRE tem a iniciativa ofensiva, o Palmeiras comporta-se bem na defesa e mostra alguma aptidão no contra-ataque.
45 passados; Souza, sempre ele, faz finta e cruza, Maxi Lopes tenta o domínio diante da zaga, rola a bola fraco, Marcos se estica e desvia, Rafael Marques fica com a sobra e marca.

O meio: Final do primeiro tempo. Maurício vai até Obina bater boca, se ostilizam, não satisfeito Maurício tenta um tapa; Obina desfere um soco que atinge a face do companheiro de equipe.
Intervalo com suspense. O locutor informa que o juiz viu a confusão entre os palmeirenses e que tomará medidas ao retornar para o segundo tempo. O torcedor pensa: Tem cabimento umas coisas dessas? Lá vem bomba...

Obina e Maurício são expulsos e o Palestra entra na segunda etapa com 9; Os 9 se comportam com grande dignidade, naturalmente perderam o jogo, resgataram a honra.

O Grêmio até parece se compadecer do drama do adversário; ataca pouco, deixa o PAL reter e rodar a bola.
Até que aos 26, metade da segunda etapa, Armero e Marcão falham (que tudo fique a parte, mas francamente; que novidade!), Maxi Lopes marca aproveitando-se da lambança dos defensores.

O pior de tudo é saber que o torcedor palmeirense, mesmo com dois jogadores a menos, ainda acreditava no empate e até numa heróica virada.
Sei que os torcedores dos outros clubes neste momento ridicularizam tamanha crença, dizem ser algo absurdo de se confessar, mas me digam: qual de vocês não teve algumas vezes destes desatinos de futebol?

O fim: Grêmio 2X0 Palmeiras, logo ninguém se lembrará, e eu ainda tinha tanto para falar...
(foto do msn.com)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SEÇÃO: Que Fim Levou O Robin?


Nome: Angelo Ricardo Ribeiro
Data de nascimento: 23.01.77
Naturalidade: Rio de Janeiro R.J
Posição: Atacante
Qualidade: Drible e progressão com a bola
Altura: 1.98
Peso: 83 Kg
Onde Jogou: Juvenil do Olaria Atlético Clube
Títulos: Taça Guanabara IV
Convocações: Nos dois jogos do GCV, porém não compareceu
Características: Passadas largas e pontaria nos chutes (goleador)

domingo, 8 de novembro de 2009

Falando de Futebor! ( Fluminense 1X0 Palemeiras; pela rodada de numero 34 do brasileirão 2009)


O jogo já seria difícil para um palmeirense assistir devido às circunstâncias em que se dera. Um Fluminense reagindo tardiamente no campeonato (um enfermo terminal lutando com unhas e dentes pela vida na primeira divisão). O Palmeiras um caso curioso de um time que poderia ter definido o campeonato ao seu favor ainda restando 10 rodadas para o termino da competição e se viu fracassar sucessivamente por um desinteresse, uma apatia nítida em diversas partidas.
A partida começa equilibrada. O Fluminense assume a iniciativa das jogadas, o Palmeiras, por incrível que pareça, não possui jogadores condutores de bola; o que se vê são chutões do limitado Bruno da defesa ao acaso do ataque; e pior, o ataque bem que pode ser chamado de ataque de nervos, uma vez que o tal Wagner Encoste definitivamente está jogando escorado no zagueiro, como se essa fosse a única maneira de enfrentar um marcador (resultado: de 10 bolas que o sujeito recebe, ele não ganha uma única).
O Fluminense, que também não prima por qualidade, insiste nas bolas paradas e no vigor de seus laterais (que ganham todas corridas que apostam com os “cansados” jogadores palmeirenses).
Até que Simon, aos 30 min., decide desequilibrar em favor do Fluminense ao anular um gol legítimo de Obina; que numa interpretação menos sensata teria sofrido falta dentro da área, portanto pênalti, antes de mandar a bola de cabeça para o gol.
Meu menino de 9 anos ao ver-me lamentar o erro de arbitragem e os comentaristas serem taxativos ao comentar o erro escandaloso me perguntou: “Pai, por que o juiz anulou o gol se foi legítimo?”
E por minha resposta eu merecia o prêmio Nobel da Paz, ou mesmo uma medalha por ética: “Não sei meu filho; deve ter visto algo que ninguém mais viu.” Mereço ou não mereço um prêmio?
Inicia o segundo tempo, e antes mesmo que os palmeirenses se conformassem com a lambança que fez o Simon, eis que nostra defesa deixa, justamente o jogador que vem fazendo a diferença nos últimos jogos para o tricolor das laranjeiras, livre para fazer um gol de cabeça sem sequer precisar saltar para o arremate de cabeça.
Aguardo a jogada ser mostrada na reprise de lance, a qual chamam de replay; como se não houvesse termos na língua portuguesa o suficiente para dar nome às palavras. Desligo a TV e venho escrever este texto para extravasar minha indignação com o árbitro que estragou a partida influenciando diretamente no resultado e no andamento do jogo.
Não que o Palmeiras sairia vitorioso com o gol legítimo assinalado ao seu favor. Poderia até ocorrer de ser goleado por um montão a 1, porém seria um resultado decorrente das ações e reações “dos jogadores” durante a partida, e não deste senhor que não sei por qual razão, prejudicou o Palmeiras todas as vezes que poderia ter dado cartão ao jogadores do Fluminense, que matavam as jogadas na nascente, no meio de campo, com faltas; o que não se observou quando o Wagner Encoste, fez falta no Diguinho Estabanado, por exemplo.
Meus amigos, esses caras são muito ruins de bola!
Fico pensando: “será que esse Fred (que deu de bico ao tentar uma trivela), esse Armero (que corre como um louco sem domínio nenhum sobre a bola) e tantos outros, têm noção do quanto são ruins de bola?”

Numa crise de ansiedade entro e sintonizo a TV no jogo, para ver os tais 4 minutos de acréscimo. E o que vejo? Diego Souza sofrer mais uma falta quando conduzia a bola em direção ao gol, e o jogador do Flu sequer recebeu cartão, na seqüência um morto de vontade do Palmeiras, desperdiça uma bola que um adversário não desperdiçaria; fosse este adversário um lanterna, um retardatário ou um dos inúmeros aspirantes a campeão. E com este último lance eis a tônica do espetáculo!
Parabéns Simon! Se tudo der certo, seu gol mal anulado segura o Flu na primeira e tira de vez a vontade do time verde amarelado de chegar ao título.
(foto: globoesporte.com)