sábado, 6 de dezembro de 2014

HÁ NOBREZA NO NOBRE?




  
“O Palmeiras não cairá” (Paulo Nobre). O Paulo Nobre já disse e eu confio parcialmente nele. Acho que sei do que ele está falando. Ele é um palmeirense. Os palmeirenses conhecem a alegria das conquistas e a dor das desilusões. Ele paga o preço por ser fiel ao que crê e por tentar o melhor. Penso que seguirá fortalecido na presidência do meu Palestra. Já separou o joio do trigo e saberá onde está pisando e em quem pode realmente confiar. É fácil caminhar por um terreno largo e bem pavimentado. Agora o caminho das pedras exige algo mais do caminhante, exige paciência. Ele pegou o time na segunda divisão e endividado. Adotou a política dos contratos por produção e tentou a via do grande mercado sul americano para fortalecer a equipe. Nada funcionou do jeito que ele havia imaginado, porém ele não desistiu.

Acredito na boa intenção do Nobre. Nós não cairemos novamente. O Palmeiras vencerá o Atlético Paranaense na última rodada e permaneceremos na divisão principal do futebol brasileiro. E caso o Palestra não vença nem por força de reza brava, tampouco o Vitória e o Bahia vencerão por serem da terra da famosa macumba. Pois se macumba ganhasse alguma coisa no futebol, campeonato baiano terminaria empatado entre todas as boas equipes do estado, como disse o famoso cronista esportivo em outra ocasião.

O presidente soube aceitar e assimilar as críticas que recebeu por seu trabalho no biênio 2013-2014 e certamente nos conduzirá a grandes triunfos no próximo ano. O ano de 2015 será o ano da vingança verde, o ano do renascimento do Gigante Palmeiras. Seremos campeões em tudo: Paulistão, Brasileirão, Copa do Brasil, baralho, pif-paf, dominó, par ou impar, pedra/papel/tesoura//Espoque e lagarto...

Em minha modesta opinião, a base do elenco atual deve ser mantida e reforçada. Certamente o Nobre sabe disso. Há jogadores jovens com talento e garra no grupo. Além do mais, todos os times que apresentaram resultados expressivos nos últimos anos possuem como característica em comum o crescimento de produção de atletas que estão atuando juntos há mais tempo.

Todos agora zuam o Palmeiras e menosprezam seu elenco. O que é deles está guardado. O Palmeiras será o grande campeão do próximo ano. Pode apostar.

domingo, 16 de novembro de 2014

O DESABAFO DO CAPITÃO

 


“Parece que você perde um espaço, que te tiraram alguma coisa. Estou triste. É notável. Parece que te tiraram uma coisa que te pertencia. Na primeira vez que eu tive a chance de ter a braçadeira, quando o Robinho me passou e falou que era para mim ou para o Daniel Alves, eu não fiz a mínima questão de pegar, porque o Daniel tinha mais tempo de Seleção do que eu. Alguns meses depois, o Mano perguntou se eu gostaria de ser o capitão e, de primeira, eu disse que sim. Quando você perde é doloroso. Estou procurando ficar o mais tranquilo possível, pensando um pouco para falar. O mais importante é estar bem comigo” (Thiago Silva)

Ele é novo, ele aprenderá. Ninguém é dono de nada por onde passa. O importante é o aprendizado. Algumas instituições preservam o profissional, solucionam o problema e seguem com um trabalho mais forte, aperfeiçoado e renovado. Outras não possuem a capacidade de resolver o problema, o que parece ser o caso da tradicionalíssima CBF, que prefere eleger um profissional à culpa, o que é mais prático e desvia o foco das incapacidades maiores e mais arraigadas; colocam-no como pivô de uma situação da qual ele foi apenas mais uma vítima. Mas o Thiago Silva é novo, tem um currículo vitorioso e certamente terá a oportunidade de provar que foi o menos culpado de todos pelo fracasso do escrete de Felipão. Em um time no qual ninguém assumia nada, não seria o capitão da linha de frente que levaria aqueles ao sucesso. Medíocre foi aquela Seleção, medíocre é a CBF.

sábado, 23 de agosto de 2014

QUANDO SURGE O ALVIVERDE IMPOTENTE

Meu time é o time da queda. Quando ele começa a cair, não para mais. Este ano, ele começou mais cedo do que de costume. Parece afoito para retornar à segunda divisão. Ainda não estamos nem na metade da competição e ele já mostrou a que veio.

Presidente com apelido composto pelo diminutivo do nome do meu time não poderia resultar em grande coisa, Palmeirinhas. O time que lançou a política do “bom e barato” há uns dez anos não para de inventar novas maneiras de colocar a ridículo 100 anos de glórias e tradição. São os contratos de produtividade e demora no fechamento dos mesmos levando os principais jogadores de bandeja para defender os adversários, a internacionalização do clube com importação de mão de obra de segunda categoria do lugar de onde provém, obscuridade na exposição de um plano diretor, se é que tem um. E por aí vai.

Seu enredo é uma pobreza. O discurso é sempre o mesmo. As esperanças, a convocação ao brio, há muito perdido, as bravatas após cada derrota dos que acham de criticar os companheiros de equipe á imprensa, justamente no momento em que teriam que unir forças para tentar sair do buraco, os candidatos à porta voz da tragédia.

Não é possível! Esses jogadores devem ter assistido a alguma palestra motivacional proferida pelo capitão do Costa Concórdia, o senhor Francesco Schettino, como programação do centenário.

Eu já nem sei o que é pior, se é o goleiro frangueiro ou o artilheiro que desperdiça gols feitos. Temos ambos como titulares e vários suplentes. Eu até cria no treinador gringo, mas isso foi antes de ele mesmo descrer em si e sair dizendo por aí sobre seu limite. O meu limite já foi ultrapassado, isso sim.

Agora é ficar aquieto no meu cantinho. A queda será lenta, pois ainda falta um bom pedaço de caminho. Que perca hoje mais uma vez, pois eles fazem por perder como ninguém. Passaremos sim o nosso aniversário na lanterna. Os últimos a se importar com tais sentimentalidades são os atletas.

Quando surge o alviverde impotente, no gramado em que a curra o aguarda, sabe bem o que vem pela frente, é dureza, meu amigo, é dureza torcer e não ter time pra vencer.